Se você está cansado de ver e ouvir sempre as mesmas coisas, então, dê um basta nisso!

Falta mais originalidade nas pessoas. Ou seria medo de ousar, ser diferente? Nesse nosso país chamado Brasil, tão rico em sua diversidade étnico-racial, multicultural e de dimensões continentais, com uma biodiversidade (fauna e flora) capaz de fazer inveja no mundo todo. Para ele se tornar uma grande potência mundial, digo, estar em primeiro ou segundo lugar, faz-se necessário uma grande revolução educacional e de infraestrutura (nos serviços prestados pelo estado como saúde, lazer, segurança, transportes, etc.).
Mas para que saiamos do plano utópico para a realidade, isto é, a concretização dos nossos sonhos, todos precisam participar, cobrar mais dos nossos governantes, patrões, comerciantes, professores, prestadores de serviços em geral. Já faz mais de uma década que a banda Skank cantou: "Pacato cidadão, é um projeto da civilização". Chega de passividade! Todos nós precisamos participar mais ativamente da construção de nossa sociedade (já estamos em quinto lugar na economia mundial). Não vamos nos acomodar, como fazem os medíocres. Fala-se muito em cidadania, democracia e direitos humanos em nosso país, porém a realidade nua e crua da vida do nosso povo (nos hospitais, nas escolas, ruas, presídios,etc.) ainda é muito cruel.
Penso na filosofia como uma ferramenta (um meio) para repensarmos nossa cultura, nossos valores, regras (muitas vezes autoritárias, porque impostas). Pelo seu caráter dialógico (habilidade para dialogar com inúmeras outras áreas do conhecimento - ciências, artes, religião, política, cultura) a filosofia pode ser muito útil para as pessoas. "Precisamos aprender a pensar a partir do pensamento dos outros".(Luc Ferry).
Todos podem filosofar. Venham!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Valor da Filosofia

É comum as pessoas perguntarem: para que serve a filosofia? Segundo a filósofa Marilena Chaui, "em nossa sociedade costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática muito visível e de utilidade imediata".
É bom que todos saibam que, quando começamos a filosofar nos damos conta de que até as coisas mais ordinárias conduzem a problemas para os quais somente respostas muito incompletas podem ser dadas. Vários exemplos do cotidiano comprovam essa ideia. Cito apenas uma: - Alguém fica doente, procura uma médico, este o encaminha para um especialista (de olhos, joelho, estômago,etc.).
O filósofo inglês Bertrand Russell ("Os Problemas da Filosofia") afirma: "A filosofia, apesar de incapaz de nos dizer com certeza qual é a verdadeira resposta para as dúvidas que ela própria levanta, é capaz de sugerir numerosas possibilidades que ampliam nossos pensamentos, livrando-nos da tirania do hábito.
Há quem diga que uma das causas do divórcio seja a rotina. Mas ser original não costuma ser algo comum. Quem nós copiamos? Poucos buscam sua autonomia. Refletir e criticar, ponderar a situação, discernir. Tais atitudes são filosóficas, porém as pessoas não se dão conta disso. Desenvolver tais habilidades não é tarefa simples. Ademais nossa cultura não incentiva a leitura. Nem a escola educa para pensar criticamente.
Para o grande pensador Bertrand Russell, "o valor da filosofia, na realidade, deve ser buscado na sua própria incerteza". É comum ouvir dos nossos jovens a expressão "Não sei de nada". Se alguns a interpretam como um ato de ignorância, poderíamos discordar:  existe uma dose de sabedoria aí. O patrono da filosofia, Sócrates, vem dar razão aos jovens: "Só sei que nada sei".
É oportuno lembrar (a todos aqueles que imaginam todos os filósofos como sendo ateus) que nem todos os filósofos duvidam da existência de Deus. Russell (no obra citada no terceiro parágrafo deste texto) escreveu: "E até no mundo existente os bens do espírito são pelo menos tão importantes quanto os bens materiais. É exclusivamente entre os bens do espírito que o valor da filosofia deve ser procurado".

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